OMS diz que não há urgência para vacinas contra Covid em crianças

OMS diz que cabe aos países decidirem vacinar ou não as crianças.

OMS diz que não há urgência para vacinas contra Covid em crianças
OMS diz que não há urgência para vacinas contra Covid em crianças

Agência Onu News De Noticias - 24/11/2021 18:31:43 | Foto: Unicef/Vinay Panjwani

Segundo a agência da ONU, países devem continuar dando prioridade à partilha de doses por meio do mecanismo Covax, antes de imunizar crianças e adolescentes de baixo risco; urgência continua sendo também em vacinar idosos, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores de saúde.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, confirma: as vacinas contra a Covid-19 que receberam autorização de entidades regulatórias para serem aplicadas em crianças e adolescentes são seguras e eficazes para reduzir os impactos da doença nesses grupos.

Mas a agência da ONU lembra que crianças e adolescentes geralmente têm sintomas menos severos da Covid-19 na comparação com os adultos e por isso, não é urgente vaciná-los.

Distribuição é meta

Meninos na Índia se protegem contra Covid-19 usando máscaras faciais.

Unicef/Vinay Panjwani

Meninos na Índia se protegem contra Covid-19 usando máscaras faciais.

A OMS divulgou sua declaração sobre o assunto nesta quarta-feira, pedindo aos países que continuem dando prioridade à imunização de idosos, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores de saúde.

A agência defende ainda a equidade global no acesso às vacinas da Covid-19, por isso pede mais uma vez aos países que já atingiram uma alta cobertura vacinal para priorizarem a partilha de doses por meio do mecanismo Covax, antes que começarem a criar campanhas de imunização em crianças com baixos riscos de doenças severas.

Mortes de crianças

Levantamentos feitos pela OMS entre dezembro de 2019 e outubro de 2021 mostram que as crianças com menos de cinco anos de idade representam 2% dos casos globais de Covid-19, ou 1,9 milhão. Em quase dois anos, o vírus matou 1,797 crianças menores de cinco anos, representando 0,1% de todas as mortes registradas no mundo.

Crianças acima de cinco anos e adolescentes de até 14 anos representam 7% dos casos globais de Covid, com mais de 7 milhões afetados pela pandemia. Segundo a OMS, pessoas com menos de 25 anos de idade representam menos de 0,5% das mortes globais registradas.

Surtos esporádicos em escolas

Crianças e adolescentes foram afetados com encerramento das escolas.

Unicef/Schverdfinger

Crianças e adolescentes foram afetados com encerramento das escolas.

Segundo a OMS, crianças e adolescentes geralmente apresentam sintomas menos severos de SARS-CoV-2 na comparação com adultos. Ao mesmo tempo, a agência indica que fatores de risco em crianças tem sido reportados recentemente, incluindo obesidade e condições pré-existentes como diabetes tipo 2, asma, doenças do coração e pulmonárias e condições neurológicas e neuromusculares.

Surtos de Covid-19 tem sido identificados em escolas, acampamentos de férias e creches, especialmente quando não houve distanciamento físico nem uso de máscaras. Existem ainda evidências preliminares que apontam para o fato de que crianças mais novas são menos infecciosas.

Metas de imunização continuam

Apesar de um risco menor de contrair formas severas da Covid-19, a OMS lembra que crianças e adolescentes tem sido afetados de forma desproporcional com o encerramento das escolas.

Além de ter a rotina afetada, os menores de idade acabam perdendo nestas situações acesso a serviços fornecidos pelas escolas, como refeições, apoio presencial no aprendizado, terapias da fala e medidas de saneamento e higiene.

A OMS indica ainda que suas metas de imunização continuam mantidas: vacinar 40% da população mundial até o fim deste ano e conseguir com que 70% das pessoas estejam vacinadas até meados de 2022.

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