ONU defende saúde mental como um direito humano fundamental

As mulheres e os jovens são os mais afetados pelos problemas de saúde mental

ONU defende saúde mental como um direito humano fundamental
ONU defende saúde mental como um direito humano fundamental

Agência Onu News Brasil - 10/10/2023 10:54:21 | Foto: Unicef/Fauzan Ijazah

Nações Unidas marcam o Dia Mundial da Saúde Mental neste 10 de outubro; secretário-geral destaca que mulheres e jovens são os mais impactados; OMS publica guia com recomendações para governos abordarem questão.

Uma em cada oito pessoas em todo o mundo tem questões de saúde mental, sendo as mulheres e os jovens desproporcionalmente impactados. Três quartos dos afetados recebem tratamento inadequado ou não têm quaisquer cuidados.

Os dados são destacados pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, neste 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental.

Saúde mental é vital para humanidade

O chefe da ONU ainda ressalta que muitos pacientes enfrentam estigma e discriminação. Para ele, a saúde mental é vital para a humanidade, sendo fundamental para uma vida plena.

Guterres defende que a saúde mental não é um privilégio, mas um direito humano fundamental e deve ser incluída na cobertura universal de saúde.

O secretário-geral avalia que os governos devem proteger esses direitos e prestar os cuidados necessários para a recuperação. Tal inclui o reforço do apoio comunitário e a integração da ajuda psicológica no pacote de cuidados de saúde e sociais.

O líder das Nações Unidas também ressalta que é necessário combater os abusos e derrubar as barreiras que impedem as pessoas de procurar ajuda, além de abordar as causas profundas, como a pobreza, desigualdade, violência e discriminação.

Em mensagem para a data, ele pede que a saúde mental seja reafirmada e defendida como um direito humano universal para construir um mundo mais saudável onde todos possam prosperar.

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Unsplash/Noah Buscher

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Acesso aos cuidados de saúde

A Organização Mundial da Saúde, OMS, e Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgaram uma orientação conjunta sobre saúde mental, direitos humanos e legislação.

O guia “Saúde mental, direitos humanos e legislação: orientação e prática” busca apoiar os países na reforma da legislação para acabar com os abusos e aumentar o acesso a cuidados de saúde mental de qualidade.

O diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, explica que as recomendações incluem o respeito pela dignidade das pessoas e capacitação para levarem uma vida plena e saudável.

A ambição também deve ser transformar os serviços de saúde mental, que precisam adotar uma abordagem baseada nos direitos, segundo o chefe da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

Desigualdade

O relator especial* sobre o direito à saúde, Tlaleng Mofokeng, pede por modelos inovadores de política de saúde mental no qual o apoio holístico seja foco, juntamente com o combate à desigualdade de cuidados.

O especialista também observou que a perseguição de indivíduos por identidade de gênero, orientação sexual, religião, classe, status de migração ou deficiência afeta negativamente a saúde mental “como resultado da discriminação, exclusão social, marginalização, criminalização e exploração”.

Para a ONU, a data é uma oportunidade para debater o tema, aumentar o conhecimento e a sensibilização, bem como impulsionar ações que promovam e protejam a saúde mental de todos como um direito humano básico.

*Relatores especiais são especialistas independentes, servem a título individual e não recebem salário pelo seu trabalho.

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