Pesquisa revela que imagem da China melhora entre brasileiros enquanto os Estados Unidos perdem prestígio

A pesquisa indica que os jovens de 16 a 24 anos são os mais receptivos a ambas as potências (58% de aprovação para os EUA e 57% para a China).

Pesquisa revela que imagem da China melhora entre brasileiros enquanto os Estados Unidos perdem prestígio
Pesquisa revela que imagem da China melhora entre brasileiros enquanto os Estados Unidos perdem prestígio

Rio De Janeiro, 30 Ago Agência Xinhua Brasil - 01/09/2025 19:50:05 | Foto: Agência Xinhua Brasil

A percepção da população brasileira sobre a China e os Estados Unidos está mudando, com Washington perdendo espaço e Beijing emergindo cada vez mais como um parceiro estratégico e uma oportunidade de cooperação, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Nexus Pesquisas e Inteligência de Dados.

O estudo, realizado entre 15 e 19 de agosto com 2.005 entrevistas presenciais nos 27 estados brasileiros, revela que 46% dos brasileiros têm uma visão positiva dos Estados Unidos, em comparação com 43% com uma opinião negativa. No caso da China, 45% avaliam sua imagem como positiva e 43% como negativa, mostrando um saldo ligeiramente favorável para o país asiático.

A pesquisa indica que os jovens de 16 a 24 anos são os mais receptivos a ambas as potências (58% de aprovação para os EUA e 57% para a China), enquanto as opiniões críticas predominam entre aqueles com mais de 60 anos. Regionalmente, o Nordeste é a região mais crítica em relação aos EUA (54% de rejeição), enquanto o Sul tem o maior apoio (56%). Em relação à China, o Sudeste é a região mais favorável, com 48% de opiniões positivas.

O achado mais significativo do estudo diz respeito à percepção da liderança global. Para 56% dos brasileiros, a liderança internacional dos EUA é prejudicial ao Brasil, enquanto apenas 32% a consideram positiva. Em contrapartida, 47% veem a liderança da China de forma positiva e 39% de forma negativa.

De acordo com a pesquisa, embora o panorama geral ainda pareça dividido, a China é cada vez mais vista como parceira para cooperação e desenvolvimento, enquanto os EUA são percebidos como uma potência hostil aos interesses brasileiros.

A pesquisa também explorou opiniões sobre questões estratégicas da agenda internacional. Em relação ao comércio, 44% dos entrevistados defenderam alternativas ao dólar, enquanto 43% preferiram mantê-lo como moeda central. O resultado reflete o interesse da sociedade brasileira na discussão global sobre a desdolarização, promovida no âmbito do grupo BRICS.

Em relação a esse bloco, 48% dos entrevistados apoiaram o fortalecimento dos laços do Brasil com China, Rússia, Índia e África do Sul, enquanto 33% defenderam um distanciamento maior.

Quando questionados sobre qual país o Brasil deveria se envolver mais estreitamente, 43% escolheram os EUA e 42% a China, um empate que reflete um momento de transição diplomática: Washington ainda mantém influência no imaginário público, mas Beijing está ganhando espaço como uma potência global alternativa.

De acordo com a Nexus, os resultados revelam uma mudança na opinião pública: os EUA estão perdendo prestígio, pois sua liderança está associada a riscos e prejuízos, enquanto a China está se consolidando como uma força positiva para os interesses nacionais do Brasil.

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