Por onde começar a ler Paul Auster, expoente prolífico da literatura morto nesta terça

Paul Auster escreveu e dirigiu filmes, como 'Cortina de Fumaça'; relembre

Por onde começar a ler Paul Auster, expoente prolífico da literatura morto nesta terça
Por onde começar a ler Paul Auster, expoente prolífico da literatura morto nesta terça

São Paulo, Sp (folhapress) - - 01/05/2024 20:42:09 | Foto: O escritor americano Paul Auster. Foto: reprodução

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O americano Paul Auster, morto nesta terça (30), aos 77 anos, foi um dos principais autores de sua geração. Foi um escritor de obra extensa, com 20 romances completos e ainda mais livros de poesia e não ficção.

A reportagem selecionou sete de seus principais livros para apresentar novos leitores a sua obra.

*
'A Invenção da Solidão' (1982)
Mistura de livro de memórias com ensaios sobre a literatura e o ato de crescer lendo sozinho, foi a obra que catapultou Auster à fama.

'A Trilogia de Nova York' (1987)
Composta de três novelas que renovam o gênero policial com narrativas intrincadas, é até hoje a obra mais conhecida do autor.

'Leviatã' (1992)
Dois escritores tentam mudar o mundo com suas palavras, até que um deles opta por métodos mais drásticos nesta obra em ritmo de thriller.

'O Caderno Vermelho' (1995)
Um livro curto, de menos de cem páginas, eficiente em apresentar os principais temas da obra do autor: o poder do acaso e das coincidências sobre a vida das pessoas.

'Timbuktu' (1999)
Obra premiada que mescla fábula e realismo ao contar a história de um poeta sem-teto com pendor à profecia e seu cachorro, que entende a linguagem dos homens.

'A Noite do Oráculo' (2003)
Mosaico de narrativas em que um escritor passa a suspeitar que as histórias que cria podem definir o futuro de pessoas reais, inclusive de sua família.

'4321' (2017)
Este calhamaço, mais adequado a leitores que querem se aprofundar na obra do autor, narra quatro versões da vida de um mesmo homem, com alterações sutis, mas fundamentais.

Paul Auster escreveu e dirigiu filmes, como 'Cortina de Fumaça'; relembre

VITOR ROSASCO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Além do sucesso na literatura, a obra de Paul Auster, escritor americano morto nesta terça-feira (30) e que foi uma voz de Nova York para o mundo, também foi adaptada ao cinema, além do próprio escritor ter se arriscado como roteirista e diretor de alguns poucos filmes.

A começar por "A Música do Acaso", romance que ajudou a adaptar para as telas em 1993. No Brasil, o filme recebeu o título de "Jogando com a Sorte". Com elogios da crítica, o filme narra a história de um yuppie e de um vagabundo que perdem no pôquer, em uma mansão, e são colocados para trabalhar na construção de um muro de pedra.

Ele também foi responsável pelo roteiro de "Cortina de Fumaça", lançado em 1995, e o mais famoso da sua lavra. Com Harvey Keitel no papel principal, o filme se passa em uma tabacaria do Brooklyn, Nova York, cujo dono tira uma foto da fachada todos os dias. O ritmo contemplativo e os diálogos foram bem recebidos tanto pelo público quanto pela crítica.

No mesmo ano, Auster estreou na direção com "Sem Fôlego". Mais uma vez, Keitel estrela a produção, situada no Brooklyn. O filme é considerado uma versão piorada do anterior, sem o mesmo senso de humor. Madonna aparece na fita, fazendo uma ponta como mensageira musical.

Em 1998, Auster também escreveu e dirigiu "O Mistério de Lulu", um quase noir sobre as mudanças na vida de um saxofonista de jazz depois de ser baleado por acidente. Há uma pedra mágica e uma femme fatale. O enredo, porém, não se sustenta, resultando em um fracasso de público e crítica.

Outro filme a decepcionar foi "O Centro do Mundo", de 2001, em que Auster foi apenas roteirista. Um engenheiro de computação de sucesso conhece uma stripper em um café e oferece US$ 10 mil dólares em troca de 3 dias com ela em Las Vegas.

O americano também escreveu o roteiro de dois curtas-metragens em 2004, "Fluxus" e "Le Carnet Rouge". Em 2007, lançou "Kimera: Estranha Sedução", contando a história de um romancista que se envolve com uma misteriosa mulher, musa e vigarista. Assinando o roteiro e a direção, o filme foi considerado pretensioso e não conseguiu agradar.

Paul Auster escreveu e dirigiu filmes, como 'Cortina de Fumaça'; relembre

VITOR ROSASCO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Além do sucesso na literatura, a obra de Paul Auster, escritor americano morto nesta terça-feira (30) e que foi uma voz de Nova York para o mundo, também foi adaptada ao cinema, além do próprio escritor ter se arriscado como roteirista e diretor de alguns poucos filmes.

A começar por "A Música do Acaso", romance que ajudou a adaptar para as telas em 1993. No Brasil, o filme recebeu o título de "Jogando com a Sorte". Com elogios da crítica, o filme narra a história de um yuppie e de um vagabundo que perdem no pôquer, em uma mansão, e são colocados para trabalhar na construção de um muro de pedra.

Ele também foi responsável pelo roteiro de "Cortina de Fumaça", lançado em 1995, e o mais famoso da sua lavra. Com Harvey Keitel no papel principal, o filme se passa em uma tabacaria do Brooklyn, Nova York, cujo dono tira uma foto da fachada todos os dias. O ritmo contemplativo e os diálogos foram bem recebidos tanto pelo público quanto pela crítica.

No mesmo ano, Auster estreou na direção com "Sem Fôlego". Mais uma vez, Keitel estrela a produção, situada no Brooklyn. O filme é considerado uma versão piorada do anterior, sem o mesmo senso de humor. Madonna aparece na fita, fazendo uma ponta como mensageira musical.

Em 1998, Auster também escreveu e dirigiu "O Mistério de Lulu", um quase noir sobre as mudanças na vida de um saxofonista de jazz depois de ser baleado por acidente. Há uma pedra mágica e uma femme fatale. O enredo, porém, não se sustenta, resultando em um fracasso de público e crítica.

Outro filme a decepcionar foi "O Centro do Mundo", de 2001, em que Auster foi apenas roteirista. Um engenheiro de computação de sucesso conhece uma stripper em um café e oferece US$ 10 mil dólares em troca de 3 dias com ela em Las Vegas.

O americano também escreveu o roteiro de dois curtas-metragens em 2004, "Fluxus" e "Le Carnet Rouge". Em 2007, lançou "Kimera: Estranha Sedução", contando a história de um romancista que se envolve com uma misteriosa mulher, musa e vigarista. Assinando o roteiro e a direção, o filme foi considerado pretensioso e não conseguiu agradar

Paul Auster, morto aos 77, terá seu último livro lançado no Brasil neste ano

WALTER PORTO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O escritor americano Paul Auster, morto nesta terça-feira aos 77 anos, terá seu último livro publicado no Brasil no segundo semestre deste ano.

A Companhia das Letras, responsável pelos direitos do autor no país, adicionará "Baumgartner" à coleção de quase duas dezenas de publicações de Auster disponíveis em seu catálogo.

Newsletter Tudo a ler Receba no seu email uma seleção com lançamentos, clássicos e curiosidades literárias * A obra, o 20º romance de sua carreira, gira em torno de um homem septuagenário que se vê às voltas com as lembranças da mulher, morta dez anos antes, e a percepção repentina do tamanho do impacto que ela teve em sua vida –como um membro decepado, conforme definiu a crítica do jornal The New York Times.

A narrativa bebe em temas familiares ao projeto literário do novaiorquino. como as reflexões brutalmente honestas de um homem maduro sobre sua vida -com toques autobiográficos do autor- e a técnica de alterar pontos de vista sobre o mesmo episódio para realçar as múltiplas interpretações sobre um acontecimento.

"Baumgartner" foi publicado no final de 2023, um ano depois que Auster recebeu o diagnóstico do câncer de pulmão que o acabou vitimando. O escritor já estava recluso.

A recepção do romance foi mais fria, contudo, em comparação com sua caudalosa obra anterior, "4321", considerada um dos pontos altos de toda a sua produção.

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