Até o momento, o uso de aspartame em alimentos foi aprovado em quase 100 países ao redor do mundo, mas a controvérsia em torno dos seus efeitos na saúde tem persistido ao longo de décadas.
Diário Do Povo Online - 15/07/2023 06:57:18 | Foto: Diário do Povo Online
O aspartame é um adoçante artificial, considerado pela indústria alimentar como um substituto do açúcar. Desde os anos 80, o aspartame tem sido amplamente utilizado em bebidas sem açúcar, chicletes, iogurtes e outros produtos alimentares e bebidas.
Até o momento, o uso de aspartame em alimentos foi aprovado em quase 100 países ao redor do mundo, mas a controvérsia em torno dos seus efeitos na saúde tem persistido ao longo de décadas.
Neste relatório de avaliação mais recente divulgado na sexta-feira, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer citou "evidências limitadas" carcinogênicas do aspartame em humanos e classificou-o como "potencial cancerígeno para os seres humanos" (categoria 2B).
As evidências em seres humanos e animais em laboratório são, todavia, limitadas.
O Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO e OMS reafirmou no relatório de avaliação que não há razões suficientes para alterar o limite diário de ingestão do aspartame, o que foi estabelecido anteriormente em 40 miligramas por quilograma de peso corporal. O consumo diário de aspartame dentro desse limite é considerado seguro.
De acordo com um comunicado de imprensa publicado no site da OMS, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares conduziram avaliações independentes e complementares sobre os efeitos do aspartame na saúde. Após revisar a literatura científica existente, ambas as avaliações concluíram que existem limitações nas evidências atuais sobre o aspartame em relação ao câncer e outros efeitos na saúde.
O diretor do Departamento de Nutrição e Segurança Alimentar da Organização Mundial da Saúde, Francesco Branca, afirmou em comunicado de imprensa: "A avaliação do aspartame indica que, embora a segurança em doses comumente utilizadas não seja um problema, foram realizadas descrições de seus potenciais impactos, sendo necessária mais pesquisa por meio de estudos adicionais e mais intensivos".
(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)
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