Unesco aponta persistência de desigualdades de gênero na indústria criativa

Mulheres estão se firmando como na indústria cinematográfica

Unesco aponta persistência de desigualdades de gênero na indústria criativa
Unesco aponta persistência de desigualdades de gênero na indústria criativa

Portal Onu News De Noticias - 06/06/2021 07:59:44 | Foto: Unsplash/Cosmin Serban

Relatório da agência indica que as mulheres representam apenas 21% de artistas em festivais de música eletrônica na Europa e na América do Norte; em todo o mundo 250 milhões menos mulheres que homens utilizam a internet.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, lançou o relatório “Gênero e Criatividade: Progresso sobre o Precipício” sobre a necessidade para políticas de alcance da paridade de gênero em indústrias culturais e criativas.

O documento reconhece avanços recentes, mas indica que as disparidades ainda persistem.

Obstáculos

O relatório cita desigualdade de gênero especialmente durante a crise da Covid-19 e pede um novo compromisso para promover direitos iguais para homens e mulheres no mercado das artes e da cultura.

Foto: Unicef/UN045727/Pirozzi

Artistas mulheres e de variados gêneros seguem sendo alvos de assédio

Em todo o mundo, existem menos 250 milhões de mulheres que homens usando a internet. Elas representam apenas 21% dos artistas de música eletrônica em festivais na Europa e na América do Norte.

Com o fosso digital, as mulheres enfrentam obstáculos para a criação da arte e distribuição em plataformas na internet.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, afirma que essa desvantagem tem afetado meninas e mulheres também em outras áreas como política, economia, vida social e cultural.

Indonésia

Dados qualitativos e quantitativos indicam que as mulheres, artistas e criadores que representam a diversidade de gênero continuam enfrentando várias barreiras como o acesso desigual ao trabalho decente, uma remuneração justa e posições de liderança.

Unicef/ UN014974/Estey

Unesco apoia agenda global de empoderamento de meninas e mulheres em suas áreas de atuação

O relatório cita o caso do Uruguai, onde a força feminina detém 25% dos cargos de gerenciamento em organizações públicas e privadas. Em Montenegro, essa taxa é de 24% e no Mali, 3%.

Na Indonésia, as mulheres estão se firmando como na indústria cinematográfica, mas permanecem subrepresentadas em postos de decisão. São apenas 20% das roteiristas e 7% das diretoras.

Na França, 34% dos chefes de organizações de audiovisual subsidiadas pelo Ministério da Cultura são mulheres e 43% dos museus, mas apenas 9% dos diretores das 100 maiores empresas culturais do mundo são do sexo feminino.

Suécia

A pesquisa analisa ainda a segurança e o bem-estar de pessoas de todos os gêneros no local de trabalho. Artistas mulheres e de variados gêneros seguem sendo alvos de assédio, intimidações e abusos.

Na Indonésia, a campanha o Cinema não precisa ser tóxico revela que a indústria é dominada por homens e por isso, o quadro não deve mudar.

Para a Unesco, o impacto da Covid-19 é de longo prazo sobre meninas e mulheres que não têm acesso à tecnologia ou à assistência econômica. E os efeitos da pandemia são sentidos no atraso aos avanços das mulheres na indústria criativa.

A Agência diz que seguirá cooperando com os países-membros, sociedade civil e setor privado para implementar a agenda global de empoderamento de meninas e mulheres em suas áreas de atuação.

O relatório foi produzido com o apoio do Governo da Suécia.

Foto: ITU/G. Anderson

Com o fosso digital, as mulheres enfrentam obstáculos para a criação da arte

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