Onu News - 11/12/2019 - 07:08:44
Hamangaí Pataxó, da associação brasileira Engajamundo, foi uma das cinco participantes de encontro em Genebra; vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2018 Nadia Murad foi convidada de honra.
Hamangaí Pataxó da associação brasileira Engajamundo, foi uma das cinco participantes da Cúpula de Jovens Ativistas, que aconteceu esta terça-feira na sede das Nações Unidas em Genebra.
A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2018 Nadia Murad também participou do encontro. Foto: ONU/Manuel Elias
A ONU diz que esta nova geração de ativistas é formada por “heróis modernos que estão lutando contra a injustiça e fazendo avançar a sociedade.”
Em entrevista à ONU News, a jovem indígena disse que era “uma honra” estar ao lado das outros ativistas e conhecer suas histórias. Para ela, foi um exemplo “muito inspirador.”
“Estou aqui para denunciar as violações que os nossos povos indígenas no Brasil estão enfrentando. É um cenário de ataques, perseguições, assassinato. Todas as pessoas que defendem direitos humanos e socioambientais estão vulneráveis a perder a sua própria vida. Estou aqui para ecoar um pedido de socorro e, ao mesmo tempo, trazer um pouco da luta e da importância dos povos indígenas na conservação da biodiversidade e defesa da vida.”
Hamangaí Pataxó já representou as suas comunidades em outros eventos internacionais. No ano passado, participou na Conferência da ONU sobre o Clima, COP24, em Katowice, na Polônia.
A jovem disse que a sua comunidade na Bahia tem mais de 2 mil pessoas e ela tem um compromisso com a sua causa. A indígena afirmou que precisa “continuar a luta” que os seus antepassados começaram.
“A gente vem atuando em defesa dos nossos territórios justamente para reproduzir e dar continuidade à nossa cultura. Pensando não só na juventude, como também nas novas gerações. Eu me orgulho muito de ser filha de duas nações indígenas, mas no Brasil tem muita gente que não reconhece que o Brasil é território indígena e não reconhece as suas raízes. Uma mensagem que eu trago também, quando vou em escola, universidade, palestra, é para a gente fortalecer nossa identidade.”
Hamangaí Pataxó também destacou um novo projeto dedicado aos jovens dos 23 povos indígenas que vivem na Bahia.
A ativista diz que a ideia é estimulá-los “a pensar em como atuar dentro desses territórios, em nível nacional e em nível internacional, desenvolver estratégias e ferramentas de luta.”
A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2018 Nadia Murad também participou do encontro. Capturada pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, Murad foi vítima de violência sexual, mas conseguiu escapar e alertar a comunidade internacional sobre os crimes cometidos contra seu povo, os Yazidis.
Além da brasileira, estavam presentes Amy e Ella Meek, da associação do Reino Unido Miúdos contra o Plástico, Memory Banda, que luta contra casamentos forçados no Malawi, e Rebecca Kabuo, que atua na área da governança na República Democrática do Congo.
Jovens de 15 a 25 anos participaram da Cúpula e fizeram perguntas aos ativistas. A iniciativa celebrou o Dia dos Direitos Humanos, marcado neste 10 de dezembro.
Livro do escritor e ativista Gareth Higgins chega ao Brasil pela Latitude, selo da VR Editora
Ter uma carreira estável na música é bastante difícil, e esses artistas, infelizmente, não conseguiram manter o sucesso com novos trabalhos
Há notas melancólicas também nos 36 poemas que Joyce publicou em seu primeiro livro
Trata-se de uma obra fundamental para conhecer aspectos da vida e obra de Silva raramente explorados em outras publicações.
No texto, o magistrado do TJDFT trata da abordagem do New Public Service, no âmbito dos estudos ligados à Administração
Livro recém-lançado pela Editora MOL em parceria com a Tip Top reúne relatos de mulheres sobre os desafios reais que chegam com a vida de mãe, como as mudanças no corpo e os julgamentos externos
Texto de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) calcula que medida alcançaria 4.176 municípios brasileiros
A última versão digitalizada do filme é de 2002 e tem qualidade inferior à atual
“Quando escrevo, é para me lembrar da esperança que eu mesma sei que tenho”, diz Nathália Ferreira
Numa necessidade rápida, até podemos contar com um trago de águas quase podres, mas para a vida, para beber água viva, o livro é o único lugar onde nos encontraremos com a civilização, com o melhor dela
Serão cindo dias de programação gratuita, reunindo 14 autores de referência do universo cultural brasileiro
Comentários para "Indígena brasileira é destaque em Cúpula de Jovens Ativistas":