Esse problema começa na dentição dos cães, mas se não for corretamente tratado, pode atingir órgãos vitais do seu pet
Redação Com Agências / Pixabay - 30/11/-0001 00:00:00 | Foto:
Com o passar do tempo, alguns cães adquirem uma camada amarelada sobre os dentes, próxima à gengiva. É o tártaro, um problema que muitas vezes é negligenciado pelos tutores de animais.
Os dentes dos seres humanos também podem acumular tártaro, mas como temos o costume de considerar os problemas de saúde bucal de menor importância, não cuidamos como deveríamos. O mesmo acontece quando o tártaro surge nos pets.
O tártaro, chamado clinicamente de cálculo dentário, é uma placa de bactérias que se acumula por conta de resíduos de comida e de sais minerais naturalmente presentes na saliva do cão.
A principal consequência é que o tártaro pode ocasionar em gengivite, uma inflamação que vai consumindo a gengiva do animal. Conforme avança, as bactérias podem atingir a corrente sanguínea e ir para órgãos vitais, como coração, rins e fígados, e isso pode ser fatal.
Reconhecendo o tártaro
Não é difícil identificar o tártaro no seu peludo. Há dois sintomas característicos que qualquer um pode notar: a coloração dos dentes e o mau hálito.
Dentes saudáveis são esbranquiçados, em alguns casos levemente amarelados. Nos cães com tártaro, os dentes ficam cada vez mais amarelos e vão passando para o marrom, com formação de placas, principalmente na parte superior da dentição e nos dentes de trás.
Às vezes você não percebe a diferença de cor, então o mau hálito também é um bom indicador. Se o pet estiver com um bafo muito forte, pode ser tártaro!
Em casos mais avançados, o tártaro começa a empurrar a gengiva, que fica vermelha e inflamada. O pet pode parar de se alimentar, pois o tártaro causa dor quando ele começa a mastigar. Além disso, a dentição do animal pode começar a cair devido à gengivite.
Como evitar o tártaro?
Alguns cães têm uma tendência maior ao surgimento do tártaro do que outros, pois isso depende do pH bucal. As raças pequenas e as braquicéfalas tendem a apresentar o problema com mais frequência, mas cães grandes e SRDs também podem ter.
A melhor maneira de evitar o tártaro e/ou adiar o seu surgimento é com a escovação dos dentes do seu pet diariamente – ou, ao menos, três vezes por semana.
Para isso, habitue o seu cão a ter a boca manipulada desde filhote. Alguns cachorros podem ficar agressivos se isso acontecer de uma hora para outra.
Você precisará de uma escova de dentes feita especialmente para cachorros, com cerdas suaves a anguladas. Elas podem ser de dedo ou ter hastes.
Além disso, a pasta dental também deve ser própria para os pets. O produto possui substâncias seguras para o seu cão e, ainda, um gostinho especial, como frango ou carne, para que o momento seja menos estressante.
Aplique a pasta sobre a escova e inicie o procedimento, fazendo movimentos circulares e garantindo que a escovação atinja as gengivas. Para um melhor resultado, tente atingir os dentes traseiros e abra a boca do pet para escovar a parte interna.
Depois de terminar o processo, não se esqueça de dar atenção extra ao pet ou oferecer um petisco pelo bom comportamento, pois a escovação não costuma ser agradável para o seu cão.
Além da escovação, algumas guloseimas e brinquedos disponíveis no mercado pet ajudam a reduzir o risco de tártaro. Ao adquirir um novo item para o cachorro, confira se a embalagem possui essa informação.
Cuide da alimentação do peludo. Ração seca é a melhor opção para evitar o surgimento. Alguns alimentos crocantes, como maçã e cenoura, também podem ser oferecidos, pois eles raspam a superfície dos dentes, fazendo uma limpeza natural.
O tártaro tem cura?
Se o seu cão já está com tártaro, apenas a escovação e bons hábitos alimentares não vão resolver o problema. Será preciso levá-lo a uma clínica veterinária.
No consultório, um veterinário especializado em odontologia poderá examinar as condições do dente do animal e realizar uma limpeza de tártaro se necessário.
Se o problema estiver no início, a limpeza pode ser feita com o animal acordado ou levemente sedado, e o pet volta para casa no mesmo dia.
Já o tártaro canino em grau avançado exige um tratamento periodontal mais demorado, e o animal precisará de anestesia geral para que o especialista possa afastar as gengivas do cachorro e fazer a limpeza corretamente.
Se esse for o caso do seu pet, serão feitos exames para ter certeza de que ele está apto para uma cirurgia. Eles também ajudarão a definir a melhor opção de anestesia.
Lembre-se que o tártaro pode voltar. Alguns pets precisam passar por esse procedimento todo ano ou de seis em seis meses, mesmo realizando a escovação diária.
O ideal é que você proporcione ao peludo uma consulta com um veterinário SP periodicamente. Só um profissional poderá avaliar as condições de saúde do seu cão e fornecer todas as informações necessárias para que o tártaro não se torne um risco.
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