Ministério da Igualdade Racial colaborou com o projeto e celebra aprovação no Legislativo, porque garante ampliação de ações afirmativas nos concursos públicos. Proposta segue para sanção do presidente Lula.
Agência Gov | Via Mir - 08/05/2025 08:33:40 | Foto: Divulgação
A Lei de Cotas no serviço público federal foi aprovada, na tarde desta quarta-feira (7), pelo plenário do Senado Federal. A aprovação do Projeto garante a continuidade da política de ações afirmativas nos concursos públicos, contribuindo para a diversidade no quadro de servidores e para a formulação de políticas públicas mais responsivas aos anseios da população brasileira.
O projeto de Lei nº 1958/2021 é de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) e segue para sanção do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para se tornar lei em território nacional. As principais alteraçõe s são:
1 – Ampliação do percentual da reserva de vagas de 20% para no mínimo 30%
2 – Inclusão de indígenas e quilombolas entre os beneficiários da política
3 – Proposta para evitar o fracionamento de vagas e o descumprimento dos critérios de alternância e proporcionalidade
4 – Reserva de vagas para os concursos, as seleções públicas, para o cadastro de reserva e para provimento das vagas que surjam durante a validade do concurso, garantindo a presença de pretos, pardos, quilombolas e indígenas por todas as formas de contratação
5 - Acompanhamento da política durante sua implementação pelo órgãos responsáveis pela gestão pública e pela pauta da igualdade racial
O processo de articulação do Governo Federal contou com intensa atuação do Ministério da Igualdade Racial (MIR) , em parceria com os ministérios dos Povos Indígenas (MPI), da Segurança Pública, Justiça e Cidadania (MJSP) , Gestão e Inovação (MGI) , a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), além de parlamentares e movimentos sociais.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fez diversas reuniões e encontros para fortalecer a agenda como pauta central e prioritária para a promoção da igualdade étnico-racial no Brasil.
“É uma grande vitória para a igualdade racial no Brasil. As ações afirmativas são o caminho mais concreto para promover mudanças nas estruturas da administração pública. Queremos que os avanços já estejam vigentes nos próximos concursos públicos”, destacou . "Os novos editais virão com a reserva de vagas de 30%, incluirão indígenas e quilombolas e obrigatoriamente deverão prever as ações afirmativas para o cadastro reserva" , celebra a ministra Anielle.
O compromisso do Governo Federal de incluir indígenas e quilombolas na administração pública federal reforça a importância do conhecimento das tecnologias e sustentabilidade desses povos tradicionais, principal mente no ano em que o Brasil receberá a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, novembro próximo, em Belém (PA) . “ Essa é uma mensagem de peso que o Brasil está passando para as outras nações. Um olhar de inclusão desses que reconhecidamente são os maiores protetores do meio ambiente”, destaca a ministra .
O texto técnico da proposta começou a ser construído em 2023 pelo Ministério da Igualdade Racial em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Posteriormente ele foi validado pelas representações de diversas organizações do movimento negro em âmbito nacional.
Proteção das comissões étnico-raciais – A aprovação prevê, ainda, a regulamentação dos procedimentos de verificação. Esse dispositivo traz segurança jurídica e é avanço fundamental n a padronização das comissões de heteroidentificação , tendo o objetivo de garantir a eficácia das políticas de cotas raciais e evitar a apropriação indevida de vagas por pessoas que não se enquadram nos critérios étnicos-raciais .
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