Ministro português expressa grande preocupação com mercado único da União Europeia
A vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, disse na mesma coletiva de imprensa que fechar fronteiras sem aviso prévio entre os Estados-membros
Portal Xinhua De Noticias - 24/03/2021 18:43:19 | Foto: República Portuguesa
O ministro português de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse nesta segunda-feira que há uma "grande preocupação" com a integridade do mercado único da União Europeia (UE) após a pandemia da COVID-19.
As observações foram feitas em uma coletiva de imprensa após a reunião do Conselho de Competitividade, realizada virtualmente sob a presidência portuguesa do Conselho da UE e que reuniu ministros de países europeus deste setor.
"Fechamos fronteiras à livre circulação de pessoas e mesmo à livre circulação de mercadorias, e todos perdemos com isso", disse Vieira, expressando sua preocupação com futuras crises e possíveis restrições impostas por qualquer um dos 27 Estados-membros da UE.
O ministro pediu cooperação entre os europeus para que todos os cidadãos possam ter acesso a bens e mercadorias e, assim, aumentar a capacidade de produção, permitindo "gerar recursos que depois podem ser investidos na inovação, na criação de empregos qualificado e na melhoria do futuro".
Ele também ressaltou que há "um consenso bastante alargado na necessidade de sermos mais eficazes a assegurar o cumprimento destas regras por parte de todos os que operam e oferecem bens e serviços no mercado único", defendendo que os produtos europeus não devem competir com outros que não respeitam as mesmas regras associadas à redução dos gases de estufa, entre outros.
A vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, disse na mesma coletiva de imprensa que fechar fronteiras sem aviso prévio entre os Estados-membros "tem sido muito doloroso".
Ela revelou que a Comissão Europeia está estudando uma proposta para garantir que "todos os Estados-membros sintam e vejam que podem contar com seus vizinhos em alturas de crise extrema".
"Vamos insistir nisto e esperamos avançar muito em breve, pois aprendemos que não é garantido que as fronteiras permaneçam abertas, mesmo quando há bens necessários que precisam de circular", disse ela.
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