O Agro brasileiro precisa aprender a contar a sua história

Poucas pessoas sabem, mas o Brasil já tem o combustível verde para a avião.

O Agro brasileiro precisa aprender a contar a sua história
O Agro brasileiro precisa aprender a contar a sua história

Por Antônio Cabrera - 30/04/2025 09:02:49 | Foto: Por Antônio Cabrera

Quando não fazemos isso, alguém conta a nossa história por nós. E faz esse relato com os seus preconceitos e visão de mundo contra o agro nacional.

Veja isso.

No último dia 20, o The Wall Street Journal publicou a seguinte manchete:

“A Airbus prometeu uma aeronave sustentável.

Essa aposta agora está se desfazendo.”

A matéria relata a saga da Airbus que tinha prometido uma aeronave movida a hidrogênio e com emissão zero até 2035.

O projeto tinha sido batizado como nada menos do que "histórico" pelo CEO da Airbus, Guillaume Faury.

O resultado final?

A inacreditável quantia desperdiçada de € 1,7 bilhão.

A bem da verdade, essa aventura da Airbus sempre foi uma aposta contra a termodinâmica, não uma revolução tecnológica.

O projeto dependia do armazenamento de hidrogênio líquido a -220 °C, da modificação de motores para queimá-lo e da construção de uma cadeia global de suprimentos de hidrogênio do zero — porque, é claro, o hidrogênio não ocorre naturalmente em forma utilizável.

As células de combustível de hidrogênio se mostraram pesadas demais e sua potência, fraca demais para viabilidade comercial.

Como observa o WSJ, o projeto de hidrogênio da Airbus a ajudou a acessar uma enxurrada de fundos governamentais e financiamento verde.

Dinheiro jogado no ralo.

Mas a verdade veio à tona, já que a física supera a política, e a realidade da engenharia não se importa com metas de carbono.

Na época, o mesmo Faury proclamou com ousadia, que a Airbus lideraria "a transição mais importante que este setor já viu".

Errado.

Quem já lidera essa maior transição do planeta é o Brasil.

Poucas pessoas sabem, mas o Brasil já tem o combustível verde para a avião.

E mais, temos a maior frota do mundo usando SAF (Sustainable Aviation Fuel).

Temos quase 2.500 aviões protegendo as lavouras brasileiras usando combustível verde: o nosso etanol.

Ah, aproveitando o assunto, vai abaixo o vídeo para o The Wall Street Journal sobre a jornada sustentável do Agro brasileiro.

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