Pesquisadores portugueses descobrem mecanismo que prevê gravidade da Covid-19
Uma profissional de saúde trabalha em um centro de vacinação contra COVID-19 no complexo esportivo de Alcabideche em Cascais, Portugal, em 16 de julho de 2021.
Portal Xinhua De Noticias - 06/08/2021 17:23:00 | Foto: Pedro Fiuza/Xinhua
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto anunciou esta quarta-feira que descobriu o mecanismo que define porque a gravidade da COVID-19 é tão variável em cada pessoa infectada.
De acordo com um comunicado oficial da i3S, uma alteração nos linfócitos T explica "por que a infecção pelo SARS-CoV-2 causa doença leve ou mesmo assintomática em alguns indivíduos e doença grave e complicada em outros."
O estudo, liderado pela pesquisadora Salomé Pinho, mostrou que as células T circulantes "fornecem proteção contra o vírus" através da "troca de seus glicanos (moléculas de açúcar) de forma específica após a infecção pelo SARS-CoV-2".
Segundo a pesquisa, há uma "resposta imunológica" mais intensa nos pacientes com mais "linfócitos T glicosilados", tornando-os assintomáticos.
Pinho explicou que essa reação "pode ser detectada no diagnóstico" e, portanto, constitui um "novo biomarcador de prognóstico e gravidade da COVID-19, além de um novo alvo terapêutico".
A equipe de pesquisa também demonstrou que, em pacientes assintomáticos, as células mononucleares do sangue exibem um "aumento da expressão de uma proteína específica", capaz de reconhecer o vírus com eficiência.
A i3S colaborou nesta investigação com o Centro Hospitalar Universitário do Porto e com o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.
Os resultados do estudo, financiado pela iniciativa Research 4 Covid da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), foram publicados no The Journal of Immunology.
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