O Ministério da Justiça informou que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, não ira nomear Érika Marena enquanto não receber uma manifestação da família de Cancellier.
Por Matheus Leitão/g1/foto: Reprodução - 30/11/-0001 00:00:00 | Foto:
A demora na confirmação da delegada Erika Mialik Marena para o cargo de superintendente da Polícia Federal em Sergipe tem gerado desconforto dentro da corporação e em entidade de classe da PF.
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix Paiva, afirmou ao blog que causa estranheza e deixa a corporação preocupada.
Erika ganhou notoriedade quando teve atuação em Curitiba, onde batizou a Lava Jato. No filme que retratou a operação – "Polícia Federal - A lei é para todos" – , ela foi interpretada pela atriz Flávia Alessandra.
Marena foi a mais votada na lista tríplice da ADPF para diretor-geral. Depois que deixou a Lava Jato, Marena atuou na área de combate à corrupção e desvios de verbas públicas, agora em Santa Catarina.
Em setembro, a operação Ouvidos Moucos foi deflagrada e o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, foi preso junto com outras seis pessoas. Liberado no dia seguinte, o reitor cometeu suicídio dezoito dias depois.
A família, então, protocolou uma petição no Ministério da Justiça pedindo providências sobre a conduta da delegada Érika Marena na Ouvidos Moucos.
Uma investigação da corregedoria da PF foi concluída isentando a delegada de culpa. O resultado foi enviado ao Ministério da Justiça e o diretor-geral da PF, Fernando Segóvia, pediu para a pasta oficializar o ato de nomeação da delegada para o cargo de superintendente em Sergipe.
Desde então, há um mês, nada ocorreu. “Com base no parecer da corregedoria da PF, acreditamos que a Dra. Érika cumpriu o seu dever de forma diligente, profissional e com a boa técnica de sempre. São características que a fazem ser cada vez mais admirada pelos seus pares”, diz Edvandir.
Procurado pelo blog, o Ministério da Justiça informou que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, não ira nomear Érika Marena enquanto não receber uma manifestação da família de Cancellier. O MJ informa ainda que o relatório da corregedoria foi enviado para interlocutores da família.
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