Corporativismo existe e punição de Procurador da Lava Jato comprova isso
Por Matheus Leitão - Veja.com - 20/10/2021 10:59:39 | Foto: Prédio da PGR Antonio Augusto/PGR/Divulgação
A PEC 5/2021, que muda a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e pode ser votada nesta terça, 19, pela Câmara dos Deputados, é duramente criticada por membros da carreira do Ministério Público, pela sociedade como um todo, mas um caso emblemático recente mostra que a proposta precisa ser analisada com mais frieza e menos paixão.
Nesta segunda, 18, o Plenário do CNMP decidiu aplicar a pena de demissão ao Procurador da República Diogo Castor de Mattos, que pagou por um outdoor enaltecendo o trabalho da força tarefa da Lava Jato com a imagem de dez procuradores integrantes da equipe de Curitiba (PR).
O placar de votação foi apertado. Foram seis votos pela demissão de Diogo e cinco votos contra a punição.
O resultado é emblemático: todos os cinco votos contrários à demissão foram de membros do Ministério Público. Situação que reforça as alegações de que há um corporativismo nas decisões do conselho.
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