idem: Indeciso entre o Visto D7 e Nômade Digital em Portugal? Comparamos ambos e explicamos as diferenças e semelhanças para te ajudar a escolher
Por Silvia Resende - 27/09/2025 08:36:57 | Foto: Divulgação
Se você está pesquisando formas de morar em Portugal , provavelmente já se deparou com esses dois tipos de visto. O Visto D7 Portugal , também conhecido como visto de rendimentos passivos, e o Visto Nômade Digital Portugal (D8) estão entre as opções mais procuradas por estrangeiros.
Apesar de muitas vezes gerarem confusão, cada um desses vistos portugueses foi criado para perfis diferentes — enquanto o D7 é voltado a quem tem rendimentos passivos, o D8 atende profissionais que trabalham remotamente para empresas ou clientes fora da União Europeia, e com rendimento ativo.
Neste artigo, vamos explicar em detalhe as diferenças entre o Visto D7 e o Visto Nômade Digital para Portugal, incluindo requisitos financeiros, documentos, validade e direitos. E no final, você ainda encontra uma tabela comparativa clara e objetiva para entender, de uma vez por todas, qual deles combina mais com o seu perfil.
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Se fizer uma análise comparativa dos dois, verá que não existe uma opção melhor do que a outra. Na verdade, a escolha certa depende do seu estilo de vida, da sua fonte de rendimentos e dos seus planos em Portugal.
Enquanto o Visto D7 é para portadores de rendas passivas, ou Visto D8 é voltado para quem trabalha remotamente para empresas de fora da UE. Mas a diferença não para aí. Abaixo explicamos melhor…
Comparativo Visto D7 e Vistô de Nômade Digital para Portugal
Frequentemente associado aos aposentados e pensionistas, este visto é, na verdade, destinado a qualquer pessoa que possua renda passiva regular, sem necessariamente exercer uma atividade profissional.
É necessário comprovar uma renda mínima mensal equivalente ao salário mínimo português. Em 2025, esse valor é de 870€ (com previsão de subir para 920€ em 2026, ainda não confirmado).
Além disso, o candidato deve comprovar rendimentos suficientes para sustentar os membros da família que forem incluídos:
Exemplos práticos:
Requerente precisa comprovar ter em conta o equivalente a 12 meses da renda mínima exigida.
Exemplo: candidato único → 870€ × 12 = 10.440€. Para casal, 1.305×12 = 15.660€.
Quando maior o valor a comprovar melhor, e mais chances de aprovação do visto.
O Visto D7 tem validade inicial de 2 anos, sendo renovável por mais 3 anos. Após completar 5 anos de residência legal em Portugal, é possível solicitar a cidadania portuguesa ou autorização de residência permanente .
Embora seja direcionado a pessoas que já possuem rendimentos (passivos), o Visto D7 permite exercer legalmente uma atividade profissional em Portugal, caso o titular deseje, por prazer ou para complementar a renda.
É um visto para profissionais que desejam morar em Portugal enquanto trabalham remotamente para empresas ou clientes fora da União Europeia. Ou seja, se você é brasileiro, trabalha para uma empresa ou presta serviços de forma autônoma no Brasil (ou em outro país fora da UE) e não precisa estar presencialmente em um escritório, pode solicitar este visto.
Por exemplo, um psicólogo que atende pacientes online ou profissionais de marketing que prestam serviço à distância.
Trabalhadores remotos que desejam viver em Portugal devem solicitar o Visto D8.
Para solicitar o Visto D8 Portugal, é necessário comprovar rendimentos médios dos últimos três meses de trabalho remoto, equivalentes a pelo menos 4 vezes o salário mínimo português.
Em 2025, 3.480€ (ou seja, 870€ x 4). Para 2026, o valor projetado é de 3.680€ (salário mínimo de 920€, ainda não confirmado).
Embora não seja obrigatório, como no caso do Visto D7, recomendamos que o requerente tenha disponível em conta (e não precisa ser em banco português) o equivalente a 12 meses da renda mínima exigida para o visto. Por não ser um requisito obrigatório, o valor sugerido também não é exato, nem precisa ser mais elevado para casais ou família.
Como em todos os pedidos de visto, quanto mais o candidato tiver a oferecer, maior as chances de aprovação do pedido. Exemplo recomendado: 3.480€ × 12 = 41.760€.
Aqui os valores se igualam:
(Valores de setembro/2025 – sujeitos a alteração.)
Existem dois tipos de visto para trabalhador remoto, o de curta e o de longa duração:
Aqui entra a primeira diferença importante. O portador do Visto para Nômades não pode trabalhar legalmente para empresas sediadas em Portugal (restante da Europa, sim).
A principal diferença entre os visto é o requisito financeiro. Por isso, profissionais que trabalham remotamente e, ao mesmo tempo, possuem renda passiva, podem optar pelo Visto D7. É uma forma de assegurar maior flexibilidade e segurança financeira em caso de variação na renda mensal.
Outro ponto importante é o perfil e origem da renda. Curiosamente, muitos dos nossos clientes preenchem ambos os requisitos.
Pretende ou não trabalhar em Portugal?
Os dois vistos também possuem muitos pontos em comum:
Critério | Visto D7 (Renda Passiva) | Visto Nômade Digital (D8) |
---|---|---|
Perfil do candidato | Estrangeiros de fora da UE com rendimentos passivos estáveis | Estrangeiros de fora da UE com rendimentos ativos provenientes de trabalhos remotos para empresas de fora de Portugal. |
Prova de renda mensal | 1 salário mínimo português (870€ em 2025) para aplicante principal | 4 salários mínimos portugueses (3.480€ em 2025) para aplicante principal |
Meios de Subsistência | 12 x 100% do salário mínimo para um requerente (valor aumenta com o reagrupamento) | Não obrigatório, mas recomendado ter 12 x 400% do salário mínimo |
Documentos principais | Provas de rendimentos passivos (extratos bancários, contratos de arrendamento, aposentadoria, investimentos, dividendos etc.). | Contrato de trabalho remoto ou contratos de prestação de serviços + extratos bancários recentes comprovando os pagamentos. |
Possibilidade de trabalhar para empresa portuguesa | Sim | Não |
Direito à residência | Sim, com possibilidade de reagrupamento familiar. | Sim, com possibilidade de reagrupamento familiar. |
Caminho para a cidadania | Elegível após 5 anos de residência legal em Portugal. | Elegível após 5 anos de residência legal em Portugal. |
Validade da autorização | Primeira concessão por 2 anos, renovável por 3, até atingir os 5 anos. | Primeira concessão por 2 anos, renovável por 3, até atingir os 5 anos. |
A escolha entre D7 e Visto de Nômade Digital depende do seu perfil e objetivos. O D7 é perfeito para aposentados, investidores e quem tem renda passiva. Já o Visto de Nômade Digital atende trabalhadores remotos que valorizam flexibilidade e mobilidade. Desde 2018, mais de 30 mil pessoas já conseguiram autorização para viver em Portugal através desses dois programas.
Embora sejam os mais populares, existem várias outras opções de visto em Portugal que podem se adequar a diferentes perfis. Todos eles garantem acesso às vantagens de viver no país: infraestrutura moderna, qualidade de vido com custo acessível, segurança, sistema de saúde eficiente, clima agradável e livre circulação no Espaço Schengen. Se quiser entender melhor, confira também o nosso artigo completo sobre vistos para Portugal .
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