Cabo Verde pretende acabar com pobreza extrema até 2026

José Ulisses Correia e Silva, de Cabo Verde, discursa no debate geral da 78ª sessão da Assembleia Geral

Cabo Verde pretende acabar com pobreza extrema até 2026
Cabo Verde pretende acabar com pobreza extrema até 2026

Agência Onu News Brasil - 24/09/2023 10:47:27 | Foto: Reprodução ONU/Cia Pak

Primeiro-ministro do país africano discursou na Assembleia Geral da ONU e destacou metas a serem alcançadas com políticas integradas; Ulisses Correia e Silva enfatizou preocupação com golpes de Estado na África e afirmou que prevenção de conflitos é essencial para realização da Agenda 2030.

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, participou neste sábado do debate de Alto Nível na Assembleia Geral da ONU, defendendo os princípios da democracia e o fortalecimento do compromisso com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS.

O líder caboverdiano citou com preocupação o “recrudescimento do populismo e do extremismo e os ataques à democracia.”

Insegurança na região oeste africana

“Nestes tempos difíceis por causa de instabilidade e sucessivos golpes de Estado em países africanos, Cabo Verde está do lado dos princípios e valores da democracia liberal constitucional. Em nome desses princípios, condenamos o recurso a golpes de Estado como forma de acesso ao poder.”

Correia e Silva afirmou que Cabo Verde está comprometido em trabalhar ao lado de todos os Estados-membros das Nações Unidas para abordar a insegurança na região oeste-africana e no resto do mundo.

Ele ressaltou que sistemas eleitorais e judiciais confiáveis, liberdade de imprensa e instituições fortes são fundamentais para a confiança nas regras do jogo democrático e “previnem crises graves e conflitos extremados.”

Políticas integradas para atingir os ODS

O primeiro-ministro afirmou que a prevenção de conflitos deve ser encarada como “parte integrante da caminhada para os ODS”. Ele estacou as principais prioridades do país rumo às metas internacionais.

“Cabo Verde mantém firme o seu compromisso de atingir os ODS com políticas integradas. Temos como objetivo erradicar a pobreza extrema em 2026. Não vamos deixar ninguém para trás na educação. Estamos a acelerar a transição energética. Estamos a investir para reduzir a dependência das fontes de água subterrâneas para a agricultura. Queremos transformar Cabo Verde numa Nação Digital e diversificar a economia. Nós abraçamos a Agenda 2030 das Nações Unidas como nosso roteiro para o progresso.”

Segundo o líder cabo-verdiano, o contexto global difícil não deve ser motivo para descontinuar ou enfraquecer os compromissos com a Agenda 2030. Pelo contrário, deve ser razão para “acelerar as reformas, os investimentos, os financiamentos, as parcerias e a solidariedade internacional.”

Transformando dívida em financiamento climático

Ele destacou a importância de “operacionalizar instrumentos de financiamento climático e ambiental, aumentar substancialmente os Direitos de Especiais de Saque com simplificação das regras para a sua emissão e atribuição e aliviar a dívida dos países menos desenvolvidos.”

Correia e Silva mencionou o acordo entre Cabo Verde e Portugal sobre a transformação da dívida bilateral em financiamento climático e ambiental para atingir esses propósitos.

Ele afirmou que se mais parceiros contribuírem, maior será a dimensão dos investimentos transformadores e mais acelerados serão os efeitos.

O primeiro-ministro de Cabo Verde disse também que a África precisa de transformações estruturais para que as economias no continente se tornem mais diversificadas, com maior integração nas cadeias de valor, e mais competitivas.

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