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Por Matheus Leitão - Revista Veja - 14/09/2025 21:10:43 | Foto: Aline Reis/Divulgação
Maior agente cultural do país, Afonso Borges tem dado grande contribuição a novos ‘movimentos da literatura brasileira’.
Maria Firmina dos Reis, uma mulher negra, professora e jornalista, publicou, em 1859, o romance abolicionista “Ursula”, quase 40 anos antes da libertação do povo negro sem uma política de reparação. Filha de escravizada, foi muito aclamada pela crítica literária mas, como outras escritoras negras, passou décadas no esquecimento.
Já no século XX, Carolina Maria de Jesus foi um dos maiores sucessos editoriais do país com a publicação de “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, em 1960, com dez mil exemplares esgotados na primeira semana, traduzido para 13 idiomas.
Em 1978, foi publicada a primeira edição dos Cadernos Negros. Desde então, a publicação anual, que intercala poesia e conto, lançou grandes nomes da literatura brasileira como a rainha Conceição Evaristo. Em 1980, foi fundado o Quilombo, coletivo que tem o objetivo de discutir e aprofundar a presença afro-brasileira na literatura.
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