Ao chegar na Secretaria da Mulher, me senti num ambiente acolhedor, um gabinete mais acessível, um estilo feminino de governar, sob a liderança da secretária da Giselle Ferreira
Por Maria José Rocha Lima[1] - 20/11/2023 09:34:55 | Foto: Divulgação
Descobri na Subsecretaria de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, dirigida por Maíra Castro, uma brincadeira interessante: “Meu anjo”, que envolve a todos, ocultamente, deixando sobre mesas e gavetas mensagens positivas e presentinhos, que aliviam aa pressões do cotidiano no trabalho.
Esses dias participei de uma singular celebração de aniversário de Sirlene Bandeira, integrante da Subsecretaria de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher da Secretaria da Mulher do Distrito Federal-SMDF. Imediatamente, associei àquele jeito de sororidade feminino de Sirlene liderar ao proposto por grandes experts em alta gestão, em especial suas práticas me fizeram lembrar uma palestra intitulada Um salto na Liderança, proferida por Ana Rodrigues, analista comportamental e especialista em Neurociência e Empreendedorismo, no Interclube da International Soroptimist sobre o perfil das lideranças femininas no Século XXI.
Sirlene é aquela pessoa que qualquer um sente vontade de tê-la por perto, alegre, autêntica, atenciosa, prestativa, vivaz, bonita (tem traços da nossa Miss Universo Martha Vasconcellos) e um furacão para trabalhar. Achando pouco enfrentar a violência contra mulher na SMDF, ela arquiteta casas belíssimas, inclusive a sua.
Ela parece já estar funcionando no “Circulo Dourado” proposto pelas grandes especialistas em gestão, adotando sem temor de exercer a sororidade, a gentileza com ela própria e com os outros
Foi uma delícia e uma lição participar daquele aniversário, na casa da aniversariante, num ambiente lindamente preparado por Sirlene, decoração finíssima para mesa, que no passado somente era possível aos “reis e rainhas” e tratamento de equidade absoluta. Até eu, uma cristã nova, única convidada de fora da equipe de trabalho, me senti absolutamente à vontade e feliz por participar. Todos os membros da equipe perfeitamente integrados e felizes, cada um ao seu modo, apreciando a beleza do ambiente, cada detalhe da decoração singularíssima, na expectativa do cardápio, nenhum ruído desses que conhecemos nas equipes de trabalho.
Verifiquei que no ambiente havia três homens, mas nenhuma diferença de comportamento social: a linguagem, a comunicação e a colaboração integravam todos. Muito interessante que um homem do grupo bem tranquilamente lavava os pratos que chegavam à pia, por puro prazer de colaborar.
Sirlene me fez definitivamente entender, na prática, que “atitudes de gentileza e melhor compreensão do comportamento humano e de como lidar com as pessoas são características relevantes para exercer a liderança do século XXI”.
As lideranças femininas, tendo conhecimento, estilo e atitude de sororidade alcançarão cada vez mais poder nas empresas. Para isto, será necessário ser resiliente, se autoconhecer, ficar de bem com a sua estima e ser corajosa. E saber que só se formam bons marinheiros em mar revolto. É nesse mar revolto da automação, no qual tudo é feito com celeridade, utilizando novas tecnologias, que se exigem cérebros de um sapiens de 100 mil anos, quando devemos ter apenas um cérebro de 60 mil anos. É nesse mar, que torna as pessoas ansiosas e emocionalmente adoecidas, que vamos mostrar um novo estilo de liderança.
O futuro é das mulheres!
[1] Maria José Rocha Lima(Zezé) é Professora. Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia. Doutora em Psicanálise. Soroptimista. Subsecretária de Proteção à Mulher da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal
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