Por Antonio Cabrera. Que o Brasil hoje possa se lembrar da história de George Bush

Em 9 de novembro de 1989 foi o primeiro líder a saber da abertura do Muro de Berlim.

Por Antonio Cabrera. Que o Brasil hoje possa se lembrar da história de George Bush
Por Antonio Cabrera. Que o Brasil hoje possa se lembrar da história de George Bush

Por Antonio Cabrera* - 11/03/2024 06:59:20 | Foto: Divulgação Alesp

Conversando estes últimos dias com os meus anfitriões aqui, no Kuwait, ainda é impressionante a popularidade do Presidente George Bush no país.

Mais ainda, George Bush, foi um homem com um dos mais impressionantes currículos presidenciais de serviços prestados ao seu país.

Foi o mais jovem piloto a entrar na Marinha, atuando em 58 missões de combate. Chegou a ser abatido no Pacífico em 1944 enquanto completava um bombardeio contra uma torre de rádio japonesa. Seus dois colegas tripulantes morreram e ele foi resgatado depois de um tempo por um submarino americano.

Foi o último da geração da Segunda Guerra Mundial a ocupar o Salão Oval, tendo permanecido casado por 73 anos, o período mais longo de qualquer casal presidencial na história americana.

Foi Vice de Ronald Reagan durante um dos períodos mais prósperos dos EUA e, depois de John Adams, foi o único presidente que viu um filho também se tornar presidente.

Em 9 de novembro de 1989 foi o primeiro líder a saber da abertura do Muro de Berlim.

Quando conheci o Presidente Bush ele tinha acabado de liberar o Kuwait das tropas de Saddam Hussein e sua popularidade estava em 90%, um recorde!

Mas com um currículo de ouro como este, o que fez então Bush perder a reeleição?
A quebra da promessa de que ele não iria aumentar impostos!
Certa feita, em um debate na campanha presidencial, ele disse na TV, ao vivo:
“Leiam os meus lábios: Não haverá novos impostos!”


Se para nós brasileiros isto ainda é rotina, tenha em mente que os americanos tiveram o Imposto de Renda apenas a pouco mais de 100 anos, em 1913.

Os EUA passaram pela revolução industrial e cobriram o mapa com ferrovias de costa a costa – o período mais produtivo do país – sem Imposto de Renda.

Não se engane, na maioria das vezes, os impostos são uma modalidade de agressão, em que o Estado toma dinheiro à força daquela fatia da sociedade que produz riqueza e o direciona para o sustento da própria burocracia, que consome riqueza.

Ah, alguns dirão que pagar impostos é 'cidadania'.

Não, não é.

Cidadania é exatamente o contrário: é controlar os gastos do governo.

Lembre-se disto: não importa o carisma ou a popularidade de um político, se insistir em impostos elevados a sua carreira estará em risco.

Que o Brasil hoje possa se lembrar da história de George Bush.

*Antônio Cabrera Mano Filho GOMM ( São José do Rio Preto, 28 de setembro de 1960 ) é um médico veterinário brasileiro. Foi ministro da Agricultura durante o governo Collor. Por São Paulo, foi secretário da Agricultura durante o governo Mário Covas.

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