O Brasil enfrenta um cenário climático extremo e imprevisível, que desafia até os mais resilientes. Em cidades como Foz do Iguaçu, as temperaturas oscilaram de 4°C a 38°C em questão de semanas, revelando a vulnerabilidade do nosso ambiente e a gravidade da crise climática que estamos a viver. Essa mudança climática não é apenas um capricho da natureza, mas sim o reflexo de um planeta à beira do colapso ambiental, amplificado pela ação humana desenfreada e pela falta de políticas públicas.

O que vemos hoje nas cidades brasileiras não é o “fog” londrino das telas de cinema ou dos romances de suspense, mas sim uma densa fumaça das queimadas que destroem florestas, sufocam as cidades e denunciam a nossa incapacidade coletiva de proteger o meio ambiente. As queimadas na Amazônia, no Pantanal e em outras regiões do Brasil atingiram níveis recordes, intensificadas por práticas agrícolas irresponsáveis e pelo descaso das autoridades. Cada hectare de floresta que se perde é um golpe não apenas na biodiversidade, mas também na própria qualidade de vida das populações urbanas, que sofre com o aumento da poluição e a sobrecarga dos serviços de saúde.

O clima extremo que estamos vivenciando deixou de ser um tema debatido apenas em conferências internacionais e tornou-se uma realidade que sentimos no dia a dia. Para quem experimenta temperaturas abaixo de 6°C num mês e um calor sufocante de quase 40°C Poucos dias depois, como em Foz do Iguaçu, fica claro que esta não é uma anomalia passageira, mas sim um novo normal que expõe a fragilidade do nosso planeta.

Não há mais espaço para complacência. A crise climática exige uma resposta vigorosa e imediata. Precisamos de ações locais, como a prevenção de queimadas e a implementação de políticas sustentáveis, aprovadas com esforços globais para reduzir as emissões e proteger o meio ambiente.