Que venha com respeito ao Meio Ambiente e ao Desenvolvimento Urbano de Brasília.
Edson Sombra / Redação / Youtube / Correio Braziliense / Urbanistas por Brasília - 15/10/2013 17:35:44 | Foto:
Depois de 7 meses de geladeira, o Projeto de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília está de volta à pauta. O tema pode parecer complexo para alguns, nele estão contidas questões que se implementadas pelos poderes da nossa cidade, refletirão nas vidas das gerações futuras. ...
É que aprovado, o projeto passa a ser Lei de conteúdo técnico, que definirá a forma de ocupação da área tombada de Brasília (Plano Piloto, Setores Sudoeste e Noroeste, Octogonal, Cruzeiro e Candangolândia).
Na Lei estarão as regras para o funcionamento da cidade, como os usos dos espaços, o que será permitido ou proibido em cada área (residências, comércio, indústria, etc.), e a forma dos prédios a serem construídos (altura máxima, área de construção máxima, entre outros).
A intenção do Projeto é garantir que as áreas já tombadas, não sejam desvirtuadas, como pretendiam fazer em relação a 901 norte, onde seria desenvolvido um complexo hoteleiro que iria alterar os parâmetros já existentes para as demais quadras 900.
Diversos governos passaram e a questão como a do tombamento de Brasília, ao invés de ter solução, virou até caso de polícia, tendo como alvo de denúncias governadores, secretários e deputados distritais.
Dessa vez será diferente?
Todos esperamos que sim. Desejamos que as autoridades envolvidas não nos envergonhem, e que a mídia não seja obrigada a divulgar como anteriormente, as negociatas para aprovarem outros projetos, dinheiro em troca de votos, e muito mais.
Afinal, para os legisladores, o tema não é tão complexo assim. Basta seguir o que dizem as Leis já existentes e as recomendações da Unesco, que é o órgão que fiscaliza a preservação das áreas tombadas.
Esperamos também que dessa vez, a Câmara Legislativa dê uma resposta positiva à população e que os parlamentares, pensem, pelo menos só um pouquinho, nos seus filhos e netos, já que muitos deles nem se lembram de seus eleitores, aqueles que os elegeram.
Nós aqui do blog, estaremos de olho. Não esqueçam de algumas premissas básicas que devem ser observadas:
1- As causas relativas ao "meio ambiente natural", respeitando a flora, a fauna, os recursos hídricos, o solo, o subsolo, os recursos minerais e a atmosfera;
2- As causas relativas ao "meio ambiente urbano", compreendendo os espaços urbanos, edificados ou não, destinados ao uso público, tais como ruas, praças, áreas verdes, áreas de lazer, etc;
3 - As causas relativas ao "meio ambiente cultural", envolvendo o patrimônio arqueológico, paisagístico, turístico, histórico, artístico, urbanístico e ecológico;
4 - As causas relativas à "ocupação do solo urbano", assim entendidas as questões de interesse público ou de natureza coletiva;
5 - As causas relativas ao parcelamento do solo para fins urbanos, se for o caso.
No entanto, deixo aqui quatro perguntas que só o tempo irá respondê-las;
1- Terão os integrantes do atual governo, a capacidade e a paciência, de tratar sobre o assunto sem sucumbir às propostas indecorosas de algumas figuras do nosso meio político?
2- A solução a ser encontrada, irá tirar a questão do solo urbano das páginas policiais por quanto tempo?
3- Será que no decorrer da discussão, teremos autoridades, outra vez sendo alvo de investigações como anteriormente? Ou quem sabe até presos?
4- Ou depois de 7 meses de geladeira, o PPCUB à geladeira retornará?
A todos que se debruçaram sobre o tema, dedicarei a música "Canção da Terra", bem apropriada para que reflitam..... Não esqueçam senhores distritais, 2014 está bem ali, e dependendo da sua atuação, quando chegar a hora do voto, sabe aquele eleitor que foi deixado para trás? Tenha certeza, a trilha sonora que os senhores irão ouvir, será: Xô Satanás! Xô Satanás!!
Comentários para "PPCUB. Uma proposta que afeta a todos nós":