… Por que? Coerência não parece ser um valor ainda vigente no bolsonarismo
Por Matheus Leitão - Revista Veja - 08/10/2025 16:10:03 | Foto: Reprodução/Twitter
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na mansão do bilionário em Mar-a-Lago, na Flórida.
Depois de tanto tempo chamando de comunista quem ousasse dialogar com Lula — ou simplesmente não comungar das mesmas crenças que ele próprio — Eduardo Bolsonaro parece ter perdido a voz. Não sobre tudo, claro. O deputado e líder _home-office_ da minoria na Câmara dos Deputados (risos), até comemorou a escolha de Marco Rubio como interlocutor de Trump nas negociações com o Brasil.
Mas, sobre o fato do presidente norte-americano elogiar Lula na ONU, conversar com ele por 30 minutos por telefone e anunciar que pretende vir ao país, o silêncio é absoluto — nenhum post, nenhuma crítica, nenhum “comunista”.
Eduardo e parte do séquito bolsonarista, em vez disso, apostam suas fichas em Rubio — o secretário de Estado americano designado por Trump para negociar o fim do tarifaço. Como mostrou a colega Amanda Péchy, Rubio é um político de linha dura, próximo da família Bolsonaro, que chegou a defender sanções contra autoridades brasileiras.
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